Em 1978 do Pe. Luiz Brusadelli, incomodado com o dizer “Optar pelos Pobres”
sem fazer algo por estes, sentiu-se interpelado em dar início a obra diante da figura de
Luiz (“um pobre aleijado”) que encontrou enquanto fechava as portas da igreja de
Nossa Senhora da Conceição, no Bairro Comercial de Santana.
Depois de oferecer-lhe abrigo e comida, Luiz, não quis mais deixar aquela casa.
Diante deste episódio, padre Luiz deixou sua comunidade religiosa para se dedicar às
causas sociais da comunidade, com isso, passou a morar em uma pequena casa de
madeira sem perceber que ali abrigaria outros pobres, surgindo assim, a necessidade de
construir outras casas para melhor acomodá-los.
Certo dia, chegou ao conhecimento do Dr. Marcelo Cândia (empresário italiano
e leigo consagrado), sobre o trabalho desenvolvido por um padre do PIME, em Santana-
AP, Dr. Marcelo, veio ver de perto durante uma visita e sensibilizado com a realidade
da obra (crianças doentes e pobres) garantiu ajudar no que fosse preciso. Com a
exigência da higiene e conforto, foram construídas casas de alvenaria com corredores e
espaços amplos, para articular e atender a chegada de novos necessitados que a
Providência Divina enviava a cada dia.
Para minimizar a miséria, deu-se início a oficinas tais como: serigrafia, trabalho
com corda, artesanato, entre outros, visando assim, capacitar tanto os que já moravam
na Casa como também a comunidade carente, com a finalidade de inseri-los no mercado
de trabalho em busca do seu próprio sustento.
O tempo foi passando e a Casa foi crescendo e se organizando com a construção
de setores, possibilitando a divisão dos acolhidos evitando assim, prejuízos físicos,
culturais e morais. Seguindo as orientações do Dr. Marcelo Cândia, seus conselheiros
continuaram a prestar ajuda a Casa, mesmo depois de sua morte. Com o auxilio das
irmãs, percebeu-se casos de crianças com deficiências diversas, as quais mereciam ser
separadas das demais, para um tratamento específico e também, para não causarem
danos entre si. Buscando o aprimoramento da Instituição e a qualidade de vida dos
acolhidos.
Fez-se necessário construir o primeiro pavilhão, que então ficou conhecido por
muitos como o pavilhão das pessoas graves, ou seja, das pessoas com retardo e
transtornos mentais, incapazes de aprenderem as coisas mais rudimentares e
elementares.
No ano de 2010 a Instituição passou a ser uma Associação com a seguinte
nomenclatura Associação Casa da Hospitalidade continua sendo uma entidade
beneficente de Assistência Social sem fins lucrativos, localizada sito Av. José de
Anchieta, 360 – Bairro Hospitalidade – Santana-AP, fundada em 25 de Setembro de
2010, de caráter filantrópico, declarada de Utilidade Pública Municipal sob a LEI nº
921/2011/PMS, de 05 de Maio de 2011 e Utilidade Pública Estadual sob a LEI nº
0016/2011-AL, de 20 de Março de 2011, A Instituição é dirigida pelas irmãs da
Congregação Pequenas Irmãs da Divina Providencia, com sede em Minas Gerais.
Desenvolve atividades socioassistencial com atendimento de assistência básica e
especial (média e alta complexidade), acolhe crianças, de ambos os sexos, em situação
de vulnerabilidade pessoal e social, bem como Pessoas com Deficiência, (mental e
física) em regime de acolhimento provisório e/ou de longa permanência.
